Eram cinco da tarde,
Quando decidiste partir,
Olhando esta vida
Não encontro motivos
Para sorrir,
Tu deitado naquele ruidoso caixão,
Eu de silêncio, choro e rosas na mão.
Tive que te deixar ir,
Ficando eu de lágrimas na alma,
Não me peças para prosseguir
A minha vida,
Muito menos ficar calma.
Estendido estavas
E da tua voz ouvia-se um som
Abafador,
Eu, múmia derrubada
Abalei-me pela dor.
Hoje dói,
Escrever-te quando sei
Que não vou ser correspondida
Não lamentes,
Vou continuar assim,
Aqui, no meio da multidão,
Só, e estendida,
Mão no coração,
Olhos semicerrados,
Lágrimas em punho
Na ferida.
Permanece á minha espera,
Meu anjo cintilante
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