Não precisei do calendário
Para saber que hoje
Era o dia da tua partida,
Olhei para o céu,
Ele chorou como se fosse
Uma despedida.
Despediu-se o céu o de ti,
Mas eu não,
Nunca gostei de despedidas,
Mas desta vez foi a tua opção
Não olhares mais
Nos meus olhos
Negros como a terra molhada,
Não me dares um último sorriso,
Não me tocares
Uma última vez,
E eu não vou reclamar,
Pois talvez
Tivesse sido este o dia escolhido
Para tudo acabar.
Tu partes indiferente
A tudo o que te disse,
Tudo o que te pedi,
Foram promessas,
Palavras falhadas,
Choros calados
Que eu nunca mereci.
Ver-te partir
Arde cá dentro
Como álcool numa ferida
Com um grau de profundidade elevado,
Mas tudo o que arde também cura,
Já que te vais embora
Leva contigo
Toda esta amargura,
E não penses sequer
Em voltar,
Não preciso de pessoas
Que dizem querer-me bem,
Mas nada o fazem
Para provar.
Adeus!
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