Doem-me as pernas,
Mas agora não posso parar,
Doem-me as letras,
Mas agora não posso
Deixar de escrever,
Dói-me o lápis
Mas ainda tenho tanto
Para dizer...
Avanço pela avenida abaixo
De peito nu penetrado
Pelas gotas gordas
Que me batem e me estremecem
De lucidez.
A chuva beija-me o rosto
Como quem me diz:-"É desta vez".
O vento sopra entre
O meu cabelo molhado
E estendido,
E com robustez
Me diz:-"Vai! Isto é o que tinhas pedido".
O dia estava cinzento,
E eu que nunca gostei
Da cinza, entendi
Que hoje assim estava
Porque foi o dia
Em que eu renasci.
Um poema fantástico. Amei :))
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MEMÓRIAS ... 🍀
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Abraço, e continuação de boas festas!