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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Uma da manhã


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Uma da manhã
Mais uma vez só
Agarrada a este caderno,
A minha única salvação,
Já virou praxe escrever
Quando me dói o coração,
Será maldição,
Ou lição de vida?
Dizem para ter calma
Mas eu já vi de tudo
Menos a saída.

O que a vista alcança
Corrói-me por dentro,
Quando a cabeça
Não tem juízo
É quando sofres
Um contra-tempo,
Mas ainda há tempo
Não me vou deitar
Aqui no meio do asfalto,
Sofro porque te amo,
Sim, é isso,
Não ouviste?
Queres que diga mais alto?

Chama-me de louca,
Diz-me que não me reconheces,
Na verdade nem eu
Sou capaz de o fazer,
Só não me atires
Areia para olhos
Pois mesmo assim
Eu sou capaz de ver,
E como o outro diz,
"Quem não vê apalpa"
Se queres ir embora vai,
Já nem me fazes falta.

Mantém-te atento
Aos sinais que a vida
Te dá,
Para ti sempre fui substituível
Mas um dia
Que me queiras de volta
Não me terás,
Chama-me de má,
Mas não voltarei atrás.

Um dia verás
Que nunca ninguém
Te dará,
O que eu um dia dei,
Mas ironia da história,
Na tua boca
Fui eu que errei.

Despeço-me de ti...

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