Estares longe
Fazia mal era estares perto
O que abria o meu dia
Era o teu choro
E não o teu sorriso aberto.
Não fazia mal
O teu silêncio
Fazia mal
Era a tua voz,
Só servia para me criticares
E não para te orgulhares
De nós.
Não fazia mal a tua ausência
Fazia-me mal era o teu toque.
A tua essência era má!
Ainda procuras algo
Que me sufoque?
Não fazia mal o teu cerrar
De olhos
Fazia-me mal a sua abertura,
Deitavas faíscas pelas pupilas,
Queimavas-me
Com a sua fervura.
Não fazia mal
Dares-me nada
Fazia-me mal dares-me tudo,
Sem ti não era luz apagada
Mas sim dona do mundo.
Não fazia mal o teu sono
Fazia mal o teu despertar
Não eras meu dono
Mas querias-me aprisionar.
Não fazia mal não te ver
Fazia mal quando te via,
Não havia lua nem sol,
Não havia noite nem dia.
Não fazia mal não existires
Fazia mal existir a tua presença,
Só os doidos acreditavam em ti,
E os doentes pregavam
A tua crença.
Não fazia mal,
Mas fez!