Blogs de Portugal

sábado, 31 de dezembro de 2016

Um grande OBRIGADO!

Muito boa tarde a todos.Bem, e parece que hoje é o último dia do ano não é verdade?Um ano em que evolui convosco, um ano em que aprendemos, um ano em que também "sobrevivemos" ás atrocidades que infelizmente se passaram e espero que não se voltem a passar no nosso mundo atual.
 Foi um ano em que cada um de nós sorriu, chorou, se aventurou, se emocionou, viveu como sabe viver cada dia que nos foi presenteado, contudo, chegamos ao fim...finalizamos mais uma etapa de muitas que virão por aí.
 Vem aí um ano de novas oportunidades, novas escolhas, novas atitudes, novos pensamentos.A mudança começa dentro de cada um de nós, por isso, não percam tempo, é verdade que temos um ano inteiro pela frente, mas temos que viver o momento, temos que aproveitar ao máximo, temos que viver o agora.
 Desejo-vos a todos um excelente ano cheio de alegrias, de saúde, muito amor, e sobretudo paz, pois é disso que ultimamente este mundo precisa de paz, de harmonia, de calma, de ordem.
 De resto só me falta agradecer-vos por tudo o que fizeram durante este e outros anos por mim, continuaremos a trabalhar juntos, e continuaremos a fazer um bom trabalho.Um Grande OBRIGADO a cada um de vós.
Boas entradas, e por favor, sejam felizes!Com os meus cumprimentos
                                                                                                                Emília Silva

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Mensagem Natalíca

     Bom dia a todos, hoje venho aqui deixar uma mensagem muito especial a todos vós.
 Hoje, venho-vos desejar um excelente Natal, a vocês que me acompanham a mim e ao meu trabalho.Aproveito também para vos agradecer do fundo do coração pelo facto de me terem feito crescer como pessoa, e feito também crescer este meu blogue, que no início começou por ser uma experiência mais aberta no sentido em que apostei em publicar a minha poesia num espaço mais aberto e acessível a todos, e que hoje leva já um carácter mais "rigoroso".
Estou-vos mesmo muito grata por todo o apoio que me têm dado, e também por me darem a alegria de ver que de dia para dia as visualizações deste meu espaço aumenta a um ritmo muito satisfatório.Hoje contamos quase com onze mil visualizações, muito obrigado a todos vós.
Cumprimentos
                             Emília Silva.

Mas houve um dia...

Resultado de imagem para Mas houve um dia...Houve um dia
Em que não me limitei
A esperar por ti,
Houve um dia
Em que criei
Uma necessidade
Em te recriar,
Em tudo o que tocava
Ouvia
E dizia,
Ou até mesmo
No que só podia imaginar.

Houve um dia
Em que decidi
Partir eu
Em busca
Da felicidade,
Mais concretamente
Ir à tua procura,
A minha cara metade.

Houve ainda outro dia
Em que mais nada fiz,
Noutro ousei
Voltar á infância
Onde muito fui feliz.

Mas houve um dia...
O dia em que tudo mudou,
O dia em que te olhei
Te quis
Te chamei,
E que o teu coração
Pelo meu se apaixonou,
E só depois
Foram criados
Mais dias
Entre as tuas
Mil e uma magias.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sou

Resultado de imagem para souHoje sou o mundo,
Amanhã serei o vazio,
Hoje durmo um sono profundo
Pressinto a morte sobre um fio.

Por vezes sou quem
Te nasce na alma e escorre
Até ao coração,
Das outras vezes
Sou uma folha morta
Caída no chão.

Há dias que sou luz
E luar de Primavera,
Há dias que já não me continuas
A amar,
E já não te encontras
À minha espera.

Ás vezes sou cortante,
Outras vezes diamante,
E ainda outros...
Não sou ninguém!


Mas ás vezes sou...

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Um dia meu amor

Resultado de imagem para um dia meu amorUm dia meu amor
As nossas mãos vão voltar
A entrelaçar-se,
Amor, ó meu amor!
Um dia os nossos lábios vão juntar-se.


Mas um dia amor,
Vais chegar tu,
E eu vou ficar á tua espera,
Ainda espero
O nosso abraço
Debaixo dessas cores
De primavera.

E um dia meu amor...
Estarei eu, estarás tu,
Estaremos nós,
Os dois juntos,
Unidos,
Um com o outro
E nunca mais sós.

Um dia meu amor,
Um dia...


domingo, 4 de dezembro de 2016

Numa rua algures por aí

Resultado de imagem para numa rua algures por aíO meu amor passou
Mas eu não estava lá,
A dona Celeste chamou-me
E depois... e depois deu nisto!
Já viram no que dá?

Ai se eu não tivesse ido
Naquela cantiga,
Se aquela mulher
Não tivesse atirado
Aquela colher
Ao vizinho do lado,
Eu não teria ido
Resolver aquela briga,
E teria ficado
No meu canto
Como qualquer outra rapariga,
E por sorte talvez,
O meu amor
Num cavalo de quatro rodas,
Iria ali atravessar
Aquela rua,
E eu sei...
Sei que ele me iria fitar,
Ia abrir o vidro
E ia-me elogiar
Com aquelas palavras
Meias tremidas,
Mas cá para mim,
Cá para esta alma
E também coração,
Seriam palavras sentidas,
E no fundo
Ditas com convicção.

Mas ele já passou
E eu ainda lá não estava,
Agora ele prosseguiu
Caminho,
Sem receber qualquer carinho
Meu,
E nem me pôde pedir a mão
Como me prometeu!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Depois de ti...

Resultado de imagem para depois de ti...Ontem foste embora
Mas ainda hoje te sinto
A correr pela casa
Cada vez que chamava por ti,
Hoje ainda te chamo,
E olha só...
Não estás mais aqui!

A foto de família
Aquela que tu dizias
Ter sido tirada
No dia em que a tua cunhada
Deu à luz,
Continua emoldurada
Por cima da cama
Onde se cruzaram
Durante anos
Dois corpos nus.

Mas hoje perdeste-te
No tempo,
Ou dormiste
Ao relento
E o vento do Norte
Levou-te
Sem saber
Que me pertencias
A mim,
A mulher do amor
Sem dor,
Sem fim.

Depois de ti,
Fico eu,
Ficam as nossas memórias,
Ficam as gargalhadas
E as histórias
Em que dormir era proibido,
Mas amar
Amava-se sem medos,
Sem fim,
Agora mesmo distante,
Amor, ama-me a mim!

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Amanhã, meu amor...

Resultado de imagem para vou emboraAmanhã, meu amor
Já não terás de te preocupar
Com absolutamente nada,
Eu vou-me deitar à estrada,
E começar a minha nova caminhada.

Amanhã, meu amor
Já não terás motivos
Para implicar com a cama desfeita,
Nem com a moldura
Do teu retrato
Por não estar direita.

Amanhã, meu amor
Juro não deixar mais
O meu livro
Debaixo da almofada,
Eu juro amor,
Ó amor!
Eu quando for dormir
Deixo a luz apagada.

Amanhã, meu amor
Eu prometo que não vou
Chegar muito tarde,
Eu prometo até cozinhar
Aquele bolo que tu tanto amas
O Mármore.

Amanhã, é já amanhã amorzinho
Vais ficar sozinho,
Vais ficar sem mim.

Amanhã, meu amor,
Vai ser só teu o cobertor,
A banheira,
O quarto,
A casa inteira.

Amanhã, meu amor,
Vou-te fazer
Um favor
E vou-me embora!

sábado, 3 de setembro de 2016

Quando te fores

Quando te fores embora
Resultado de imagem para quando foresO dia vai perder
A cor,
Mas eu por mais que tente
Por ti vou ter sempre amor,
Porque quem ama
Também perdoa
E insiste,
Quando passa a haver dor
Aí sim,
Há alguém que desiste.

Mas quando fores
Leva-me por muito longa
Que seja
A caminhada,
Quando te aceitei
O combinado era eu ser
A tua eterna amada,
Então não me deixes ficar
Sem ti,
Sem a tua presença
Eu não sou capaz
De permanecer,
Assim vou sofrer
Por nunca mais te ver,
Sentir,
Ouvir e tocar,
És a minha alma gémea
É suposto
Eu nunca te largar.

Então quando te fores
Não te esqueças
Que seremos
Os dois a partir,
Só assim serei feliz,
Quando nos sentir
A ir.

Quando te fores...
Eu vou contigo!

sábado, 20 de agosto de 2016

São horas!

Resultado de imagem para Já são horasSão horas
De voltar,
Horas de partir,
São horas em que choras
São horas em que paras de sorrir.

Mas já são horas
De te levantares
E ires à janela e gritares
Àqueles que se fazem surdos
Perante a tua voz,
Se desta vez não te ouvirem
Quem vai lá
Não sou eu,
Muito menos tu,
Mas sim, tens razão
E falas com coração,
Que seremos nós.

E não tardam
A chegar as horas
De mais uma vez
Me contares as tuas histórias
Com fé e esperança
Que eu vá mesmo acreditar
Nessa balela que me contas
Nessa mentira
Que não vai durar,
Pois não passa tudo de ficção,
De uma armação
Com que me estás
A tentar enganar,
E sabes que mais?
Não vai resultar!

Mas vá, já são horas
De despertares,
Os sonhos sonham-se
A dormir,
Mas é bem acordada
Que tens de lutar.

Já são horas!


Conta-me a história...

Resultado de imagem para conta-me a história avóAvó, avozinha,
Será que me podes contar
A história da tua vida?
Vá lá, avó, eu quero saber,
Quero ouvir-te contar,
Eu sou pequena
Quero imaginar-te.

Conta-me então minha avó,
Minha mulher,
Quantas foram as vezes
Que foste realmente feliz?
É verdade que a tua história
Com o avô é um romance?
É mesmo verdade o que ele me diz?

Avó, ó avozinha,
Quantas vezes sorriste
Ao longo da tua eterna caminhada?
É verdade que a mamã
Te acordava sempre
Aos gritos
Ainda de madrugada?

Mas ó avó,
Sentiste medo
Em algum momento especial?
É normal, penso eu,
Ou  avó,
Isso era um segredo?

Só mais uma coisa
Uma coisinha
Minha avozinha,
É verdade que nesta vida
Já choraste,
Já sorriste,
E já sofreste?

Mas ó avó,
O que viveste?

domingo, 24 de julho de 2016

As palavras

Há palavras que choram
Resultado de imagem para as palavrasE me fazem sorrir,
Outras que partem,
Enquanto algumas querem partir,
Há umas que sonham
Umas que cantam,
Outras que dançam,
E depois vêm as tuas
Que me fazem sonhar
Com a vida perfeita,
Com uma ilha deserta
Do outro lado do mar.

Depois há aquelas que chegam
E criam logo uma revolução
Elas gritam, elas imploram
Que as oiçam com atenção.

Por vezes ainda chegam
Até mim
Palavras banais
Com um som ruim,
Que quereriam elas?
Anunciarem o fim?

Há outras ainda
Por quem ás vezes fico á espera
Mas fogem antes
De eu lhes poder falar
São tão tímidas
Que têm medi
Que eu as possa magoar.

Ainda conheço outras
Que não há meio
De as conseguir calar,
Pensam ser donas do mundo,
E ai de quem reclamar,
Leva logo uma palavra torta
Que fica incapaz
De se endireitar.

Estas palavras...

Deus me livre...

Resultado de imagem para Deus me livreAi se eu não tivesse
Chegado a tempo...
Já viste o que era
Da minha vida?
Um arrependimento!
Tu já terias casado,
Já terias dito que sim,
Já a terias beijado,
Já estaríamos perante
O nosso fim.
Mais ainda bem
Que eu cheguei
E não deixei
Que tal desgraça
Acontecesse.
Já viste homem,
Do que te livrei?
Livrei e amei,
Mas nunca
Mesmo nunca
Te deixei.

Ai se eu não chegasse
Meu Deus,
Nem quero imaginar,
Tu desesperado
Por eu me ter atrasado
Pensaste que eu
Já não te amava,
Ai, ai, se eu não chegava...
Era o teu fim,
Não só o teu,
É mais o nosso,
Mas enfim...

Ai se eu não chegasse,
Ai nunca mais te via,
Eu deixar de te amar
Não deixava,
Mas depois de tanto tempo,
Eu certamente
Te esqueceria.

Ai se eu não chegasse!

sábado, 16 de julho de 2016

Se o vires...

Se o vires
Por aí à minha
Procura,
Não lhe digas
Nada relevante,
Diz-lhe apenas
Que porventura
Parti numa aventura
E o mais provável
É já estar bem distante.

Se o vires
Por aí perdido
Ou abandonado
Diz-lhe
Que não está só
E que eu
Estou com ele
Em todo o lado.

Se o vires
Por aí
Nessas montanhas
Que o céu há-de comer,
Diz-lhe
Que não vale a pena
Chamar por mim,
Pois eu já cheguei
Ao fim,
Não vou mais ouvir
Ou mesmo até pressentir
Cair,
Rocha a rocha,
Até à mais dura
E inconsolável plenitude.

Se o vires
Num estado
Cruel e que doa
Aos olhos de quem observar,
Diz-lhe
Que espere
Por mim,
Afinal vou regressar.

Se o vires
E ele continuar
Só, infeliz e à minha espera
Diz-lhe que estou
A chegar,
E não o quero ver
De rosto fechado,
Quero-o ver sorrir
Com um sorriso
Belo e encantado.

Se o vires agora
Sei que ele vai estar bem,
Eu perdoei-o
Para o nosso bem.

Mas mesmo assim,
Se o vires por ai,
Diz-lhe, que o amo!



Eu peço-te!

Eu peço-te
Permanece em silêncio!
Cerra esses teus lábios
Sedosos como a flor de amendoeira,
E não pronuncies
Mais nada,
Fica assim a vida inteira
Por favor, meu amor!
Se abres esse teu segredo
Eu vou tremer de medo
Que pronuncies palavras
Esbeltas a outra
Que não eu.

Eu peço-te
Meu rubi,
Não deixes
Que ninguém toque
Nessa pele de cor
E sabor de mel,
Por favor!
Assim, vou morrer
Só de ver alguém
Que mais do que eu
Não te quer bem
Percorrer esse teu
Tracejado meio louco
Arrepiante e desajeitado,
Que comigo muito mexeu,
Ai se mexeu, amor meu.

Eu peço-te,
Peço-te mais do que uma vez,
Quantas queres
Que peça?
Uma,
Duas,
Ou talvez três?

Amor, amorzinho,
Fecha os olhos
Sim?
Isso, agora fica assim
Para sempre,
Não vale abrir
De repente!
É que depois
Tu cruzas o olhar,
Ficas hipnotizado
Com a moça
Que passar do teu lado,
E me deixas
A mim
Sem nada nem ninguém,
Por favor!

Eu peço-te,
Mas se não quiseres
Que peça
Sempre podes,
Ou melhor, deves,
Voltar,
Vá lá amor,
Deixa-te disso,
Sabes que te continuo
A amar.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

De que me serviu?

Resultado de imagem para de que me serviuMas agora,
Mesmo neste instante,
Diz-me,
De que me serviu
Percorrer o Polo Norte
Combater por manter
O meu coração quente,
Num local onde tudo
É frio,
Para depois perguntar
Por ti aos esquimós
E me dizerem
Que não te viram,
Pressentiram,
Ou ainda ouviram
A respirar de mil amores
Por mim,
Meu amor,
Assim tornasse
Impossível dar continuidade
A esta história,
Mas sim avisto
A hora da finalidade.

De que me serviu
Pôr a saia mais rodada,
Virar uma moça perfumada
Com uma cara muito mais rosada,
E pôr aquele meio salto
Só para ti,
Só para te surpreender,
E no final
Nem um sorriso sincero
Tu nesse rosto conseguires
Pôr?
Eu juro,
Assim desisto
Meu amor!

De que me serviu
Falar-te com letras
De nobreza
Nessas cartas
Que no final
Acabaste por nem ler?
Sinceramente alguma vez
Soubeste da sua existência?
Ai moço,
Tu roubas-me a paciência!

De que me serviu
Subir ao Evereste
Para poder gritar a todos
O quanto te amo
Se depois tu ignoraste
Isso,
Como se o que pronunciei
Não fosse verdadeiro
Mas apenas
Palavras banais,
Como as outras
Que tu lês, em revistas
E jornais?

Mas de que me serviu?
Diz-me!




Tu não sabes...

Resultado de imagem para tu nao sabesEu bem sei
Que não sabes,
E é por isso mesmo
Que te vou contar
Esta história,
Mas tu tens boa memória?

Tu não sabes
Que te observo
A cada toque, cheiro
Ou sabor,
Tu não sabes
Mas para mim
Tens uma essência
Especial, meu amor!

Tu não sabes
Que te quero
Que te espero,
Mas também que me vou
Se tu não estiveres,
Por perto,
Eu sei...
Desculpa minha flor
Mas o meu coração
É demasiado esperto!

Tu não sabes
Que de ti só me
Consigo orgulhar,
És o meu rubi,
És o meu céu
És o amanhecer e luar.

Mas ambos sabemos
Que nos queremos
E o coração
Tem medo de se entregar
Sai cá para fora,
Não te vais magoar.

domingo, 10 de julho de 2016

Os rapazes lá da vila


Ai aqueles rapazes...
Não é que aqueles gaiatos
Ainda espreitam
Debaixo das saias
Das senhoras de meia idade?
Vejam, ó povo!
Vejam só que maldade!

Ai aqueles miúdos...
Não é que ainda jogam
À bola no asfalto?
Mas quando a mãe
Chama para almoçar,
Corram minhas pernas
Se não querem apanhar!

Ai aqueles malandros,
Não é que em Junho
Eles saltam
De baile em baile
Em busca de garinas
A quem irão pedir
Para casar?

Ai aqueles meninos,
Não é que não têm juízo
Mas têm bom coração?
Um deles até pediu
Em namoro a Maria Francisca
Lá do bairro, na noite de São João!

Ai aqueles garotos,
Tão marotos, mas tão amorosos
E são uma boa companhia,
Lá na vila são eles
Que nos dão diversão
E alegria!

Ai rapazes...

Ó pai

Ó pai,
À dias que me escorres
E me foges como a água
Que traça o seu caminho,
Entre os meus dedos,
Ó pai, pai meu!
De todos os meus segredos,
Quatorze são teus,
Ai Deus que faço
Sem meu pai,
Desculpa-me anjo meu,
A Deus sei que por ti
Não posso perguntar,
Pois estão de costas voltadas,
E a ti pai, ó pai!
Não quero ver partir,
Agora peço-te,
Se quiseres choro também,
Tu dizes-me ao coração
Que o faço tão bem,
Dizes-me ainda
Que o meu choro
Tem o dom de ser
A melodia do Adeus,
Ou da chegada,
Ó pai, paizinho!
Olha nos meus olhos,
Desta vez foi da chegada,
Não foi?
Eu bem sei que foi
A do regresso,
Pai, mas ó pai!
Mais uma vez eu te peço,
Não te vás,
Manda de volta
Para o inferno
O Satanás,
Mas permanece,
Ó pai, vá lá,
Vá já chega de brincadeira,
Anda cá!

Ó pai!

sábado, 9 de julho de 2016

Entre nós

Resultado de imagem para entre nósOntem bati
À tua janela,
Mas tu não me escutas-te,
Irrompi pela nossa cama,
Como alguém que te ama,
E que te consome,
Mas entre nós,
Entre tu e eu,
Existiu ai uma saudade atroz,
Que me corroeu,
E me levou.

A madrugada não tardou
A chegar
E quando despertaste
Entre laços desfeitos
Me encontraste,
E louca de desespero
Delineaste o meu rosto
Com o teu seio
Ausente de fogo posto,
E me beijaste,
Como me tocaste no nosso
Primeiro encontro,
Mas não tardaste
A cair em ti,
E dramaticamente
Declaraste o meu corpo ausente,
E partiste
Para não sofreres
A me veres entrar
Na minha última morada,
Indiretamente, olhei
Para ti,
E te vi já de cara fechada,
Porém entre nós ficou,
Uma história de amor,
Com sorrisos de dor,
Mas sem lágrimas de rancor.

Entre nós?
Ou entre tu e eu?

Se alguém me perguntar

Se alguém me perguntar
Por ti,
A verdade é que não vou mentir,
Mentir para quê?
Se só me resta sorrir,
Ou diria antes, fingir
Um sorriso?

Se alguém me perguntar
Pela nossa história,
Vou oferecer o teu retrato
Embrulhado em paixão e glória,
E com vestígios de vitória,
Essa, que foi mal acabada,
Mas afinal olha para nós,
Não passamos de uma fala
Mal interpretada,
Mas olha agora, não para nós
Mas para mim,
Não antevês um fim,
Um dia ruim,
Ou uma rima mal acabada?

Mas, se alguém perguntar...

domingo, 5 de junho de 2016

A última noite

Já arrumei as estrelas
Todas que observei,
Reservei a lua
Para que pudesse
Ser toda tua
E pudesses amá-la
Como em noites claras
Eu amei.

Já falta pouco,
Tão pouco,
Que fico sem espaço,
Sem tempo
Para reagir,
Sinto a tua maior
Força a persistir.

Tu não vais partir,
Não me vais deixar
Sem sorrir,
Sem alguém a quem
Me apoiar,
A algo que me ajude
A subir novamente.

É a última noite,
E o céu está estrelado,
Não olhes!
Fica apenas a meu lado.

Tu disseste

Não podes ir,
Tu prometes-te ficar
Aqui comigo
A teu lado,
E se partisses
Tu levavas-me
No teu sono pesado,
Tu disseste!

Tu nunca
Me deixarias aqui,
Este é o teu lugar
E não o meu,
O nosso elo de ligação,
Não morreu,
Mantém-se ligado
Até á tua última respiração,
Ainda permaneces
No meu coração,
Foste tu que disseste.

Eu não vou desanimar,
Tu ainda me vens
Buscar,
Vais-me voltar
A fazer sorrir,
E com a tua bengala
Encantada,
Vais dizer
Que não vais poder ir,
Porque eu sei
Que tu vais resistir,
Eu sei,
Eu sei!
Tu disseste.

Tu disseste,
E vais fazer,
Porque és bom
Demais
Para me fazeres sofrer,
E ver-te partir,
Sem tempo para me despedir.

Eu sei...
Mas tu disseste!

sábado, 7 de maio de 2016

Dei-te o meu corpo

Dei-te o meu corpo
Como quem à cama
Deita o lençol novo, perfumado,
Que por loucura,
Pudor e ousadia,
Foi enrolado,
No meio de tamanha
Confusão.

Dei-te o meu corpo
Para que virasses astronauta
E ocupasses este espaço
Onde agora navegas
E descobres algo novo,
Algo de interessante
E aliciante,
Onde em noite
De chuva de estrelas
Desejas-te ser meu amante.

Dei-te o meu corpo
Para que me conhecesses
Com todos os teus sentidos,
Saberes e travessuras,
Para que em noite de lua
Nova,
Viesses até mim
Em busca de inesquecíveis
Aventuras,
Em que me torturas
Com o teu beijo
Que rasga,
E a tua malícia
Que suaviza,
Em que nua
Atravessas planaltos,
E sonâmbula
Te vestes com pedras
Da rua,
Onde por fim adormeces,
E me esqueces.

Dei-te o meu corpo!



Não me arrependo

Não me arrependo
De te ter deixado
Aí desse lado,
Só, mas habituado
À minha ausência,
Embora não tenha sido
Eu a impor,
Este mau estar,
Esta dor.

Não me arrependo
Pois se tu quisesses
Nada seria igual!
E tu terias mudado,
Mas tu quiseste
Assim,
Agora tudo está
Acabado,
Chegamos ao fim.


Não me arrependo
De cada momento,
De cada sentimento
Que por ti senti,
E na verdade ainda
Sinto,
E quando digo
Que te amo,
Não minto.

Não me arrependo,
Mas se pudesse voltar,
Eu voltava...

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dei-te

Resultado de imagem para dei-teDei-te o meu corpo
Para que nele lesses
A minha poesia,
Para que eu te hipnotiza-se
Com os meus versos,
Quadras e tercetos
Noite e dia.

Dei-te o dom
De me observares,
Para que com esses
Teus olhos agrestes,
Espelhasses em mim,
O melhor que existia
Em ti.

Dei-te o meu toque
Para que tu,
Cego de sete amores
Por mim,
Te pudesses orientar,
Dei-te os meus sete sentidos,
E partilhei contigo
O meu dom de amar.

Dei-te o meu paladar
Que me tinhas roubado
Num beijo,
Agora, sou corvo branco,
Presa ao teu único
Desejo,
De me teres,
Protegeres,
De me reencarnares,
De me reinventares,
Mas nunca largares.

Dei-te tudo o que tinha,
E também criei,
És o explorador apaixonado,
Que eu amei.

A carta de regresso

Resultado de imagem para a carta de regressoVoltei,
Sim, sou eu.
Pensavas que me ia
Só porque me doeu?
Enganaste,
E aqui estou,
E não, não me vou
Como pensavas,
Agora mudei, voltei,
Já não sou aquela
Que magoavas,
Insultavas,
Mas depois pedias
Desculpas distorcidas,
E voltavas,
No fundo retornavas,
Mas acabou,
Tudo mudou,
Já cá estou.

Voltei ao ringue
E não tenciono dar
A luta por acabada,
Agora, serás tu,
A figura derrubada,
E eu a aplaudida,
Chama-me o que quiseres,
Esta, é a lei da vida.

Foi o regresso merecido,
Foste derrotado,
Assume que venci
A luta, querido!



terça-feira, 22 de março de 2016

Esconderam-me...

Esconderam-me o sol,
E agora perdi o direito
Á vida,
Esconderam-me o mar
E agora sinto-me uma ninfa
Encalhada e perdida
Neste vazio escuro
Com cheiro a tudo,
E sabor a nada,
Perdi o amargo, o salgado,
O anoitecer e a madrugada.

Esconderam-me as palavras,
E entregaram-me ao sufoco,
Estou sem ar,
Sem letras,
Para respirar,
E sigo assim
Este destino que abalou
Sobre mim.

Esconderam-me os teus lábios
De mel, que roçavas
Na minha pele
E a deixavas assim oleosa,
E também teimosa,
Ao ponto de se despir
De mim,
E ir até ti,
De modo a fazer história,
Com início, meio...
E um cheiro a alecrim.

Esconderam-me o teu corpo,
E entregaram-me
Ao desespero,
Sou um amante
Sem amor,
Já viste?Fiquei ridicularizado,
Volta por favor, estou só e apaixonado.

Esconderam-me...
Procura-me!

Mágoa ausente

Hoje permaneces presente
Para minha enorme
Surpresa,
Pois tu sabes,
Na verdade todos sabemos
Que este facto não te vem
Com natureza,
Nem claramente com gentileza.

Mas hoje,
Neste dia, instauraste
Em mim a alegria
E deixas-te a permanente
Mágoa ausente
Felizmente.

Sentia falta desse
Teu calor
Que me conduz,
Que quando estás
Perto me seduz,
E esse teu brilho
No olhar, e no sorriso
Que reluz,
E me hipnotiza
Num sonho, com tons reais,
Esses teus sentidos,
São os tais,
Que me guiam.

Fica presente
Não dês sinais
De ausente,
Permanece na minha mente.

A hora do regresso

Estou aqui à porta
Ansiosa por pressentir
Os teus passos,
Em direção ao meu corpo,
Nervosa,
Por sentir essa tua
Sombra, roubar-me
Todo este meu calor
Corporal,
Vamos embora, já cheira a Natal.

Vim buscar-te como prometido,
Aqui estou eu,
De esperança na alma,
E sorriso iludido
No rosto,
Vem rápido,
Não me deixes morrer
Assim,
Com este fim,
Com este desgosto.

Aqui vou permanecer.
Não voltas?
Então deixa-me falecer
Com este sofrimento,
Que com este vento,
Me atinge no momento
Sem espaço para esperar
O teu abraço,
E assim aqui fico,
Aqui,
Nesta entrada, revoltada,
Eu me desfaço.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Talvez amanhã...

Talvez amanhã
Eu ainda cá esteja
Á tua espera,
Ou talvez não,
Pois é provável,
Que eu não espere
Por alguém
Que age sem coração.

Talvez amanhã
Eu já não exista
Nesse teu mundo
Ocultado,
Talvez amanhã,
Tu não me vás encontrar,
Não vou estar
A teu lado,
Mas vou-te continuar a amar
Sem medida,
Mesmo sem noção
Que um dia me abriste
Uma ferida,
Não merecida.

Talvez amanhã
Eu tenha deixado de acreditar
Nesse teu sentimento
Que sentes a todo
O momento,
E que dizes ser amor,
Mas querido,
Se assim fosse
Eu não sentiria dor
Mas sim ternura,
Contudo tudo o que eu sinto agora,
É uma líquida amargura,
Que perdura.

Talvez amanhã...
Hoje não!
Chegou o momento
De consertar
O meu partido
E entristecido
Coração.

Ó gente

Resultado de imagem para ó genteGente que me ouve
E não me sente,
Gente que me olha
E não me vê,
Afinal,
Quem sois vós, ó gente?

Gente que vê tudo,
Mas finge não ver nada,
Gente atenta há muito,
Gentil a poucos,
Gente desnaturada.

Gente fria,
Que não deixa
O sol entrar,
Gente miúda
Que não quer mudar.

Gente sábia,
Ó gente,
Por que sois assim,
Gente,
Gente do mundo,
Por que caís
No fim?

Ó gente?

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Lá fora

Lá fora
Há um mundo,
Aqui dentro a união,
No teu rosto mora a saudade,
No meu, mora a paixão.

Lá fora,
Chovem lágrimas de tristeza,
Aqui dentro crescem sorrisos
De verdade,
A televisão mostra
O mundo, a guerra, o amor,
E a crueldade.

Lá fora
Há frio,
Aqui dentro, o calor
De vários corações,
Do vidro embaciado
Vejo a dor a passar,
Mas ouço música a acalmar.

Lá fora
Há tortura,
Aqui dentro ternura
E carinho,
Sinto os teus passos
Leves no tapete,
A percorrerem um novo caminho.

Lá fora,
A vida é dura,
Aqui dentro, uma canção,
Vive a vida que tens,
Com alma, paz, e coração.

Olho a tua pele cálida

Resultado de imagem para olho a tua pele cálidaOlho a tua pele cálida,
Com ar de alguém doente,
Ainda estás vivo
Mas já te fazes ausente.

O teu olhar perturba
Quem te quer tocar,
Não deixas que ninguém te olhe,
Desfolhe,
Ou te ame,
Porque já pensas saber,
O teu destino,
Ai menino,
O que te irá acontecer!

Os teus cabelos
Mais secos do que o próprio
Deserto,
As tuas mãos, em forma
De coração aberto,
Chamam-me até ti.
Calma,
Irás viver apenas
Um sono profundo,
E quando acordares,
(Tu vais mesmo acordar!)
E eu vou estar aqui.
(Para te resguardar).

Os teus lábios
Estão negros, assim
Como o teu próprio
Teto,
Estão também vazios,
E eu, estou aqui perto,


domingo, 10 de janeiro de 2016

Fujo para longe

Já abri as asas
Abri o bico e gritei
Aos sete ventos
Que vou fugir
No negrume da noite.
Eu irei caminhar
Até o meu destino
Clandestino,
Chegar.

As minhas garras
Agarram-se com
A minha força
Cheia de fúria
E vontade de partir,
Para um novo mundo
Onde possa ainda existir.

Fujo,
Por intuição,
Vou em busca
Da Primavera
Mais bonita
E catita,
Voltarei
A seguir,
Ao último
Verão.

Fugirei!

sábado, 2 de janeiro de 2016

No dia em que partires

Resultado de imagem para no dia em que partiresEu vou estar lá
Mesmo que insistas
Para te abandonar
Entre lágrimas de adeus,
Eu vou-te continuar
A amar.

Pousarás a tua mão
Junto á minha,
Mais a outra
Junto ao meu coração,
Não me peças
Para parar de sofrer
Sabes que a resposta
É não.

Tens tudo resolvido
Tudo bem feito,
O meu sorriso
Será um dia devolvido,
Junto ao teu peito.

No dia em que partires,
Vais sorrir,
Eu chorar,
Vou-te continuar
A amar,
E nunca vou desistir
De ti,
A pessoa que me
Deu a razão de existir.
Amo-te!

Se tu...

Resultado de imagem para se tu...Se tu tivesses
Sido pontual,
Se viesses na hora,
E não só para
Ouvires o final,
Nada disto tinha acontecido,
E o assunto tinha morrido aqui.

Se tu tivesses
Chegado, à hora para jantar,
E eu não me tivesse
Atrasado
No poema do caderno
Ao lado,
Ainda tudo podíamos
Reinventar,
Tu com histórias
De outro homem,
E eu com uma expressão
De pasmar,
Tudo era possível.

Se tu tivesses
Apenas sorrido
Como esperado,
Se te apresentasses
No encontro marcado,
Tudo mudaria
Tudo renasceria.

Se tu tivesses
Pronunciado esse teu discurso
Mais cedo,
Eu já não ganharia
Medo,
Mas sim coragem
Para prosseguir,
Ao contrário
De ti,
Que só és Homem
Para desistir.

Mas se tu tivesses
Estado na hora,
Não haveria confusão,
Um só coração,
Nem demora,
Mas sim um esclarecimento,
E tudo entre nós,
Aconteceria
Quando tudo
Estivesse bem,
No momento.

Se tu...