Blogs de Portugal

sábado, 29 de janeiro de 2022

Informação

 Bom dia a todos/as. 

Venho por este meio informar todos os meus seguidores, leitores, amigos e familiares que o meu livro já se encontra á venda online.

Deixo-vos aqui o link para quem o quiser adquirir.

A quem for do concelho de Alijó e estiver interessado/a pode-me contactar pelo meu facebook "Emília Silva" e enviar mensagem privada.

Muito obrigado a todos pelo amor e carinho.

Sem vocês desse lado nada disto faria sentido

Deixo-vos aqui o link para acederem ao livro.

Beijinhos grandes.

https://www.facebook.com/artelogy/

https://www.facebook.com/artelogy/shop/




terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Talvez

 Talvez o amanhã

Não chegue,

E hoje seja o nosso último dia aqui

Nesta vida,

Talvez não cheguemos

Ao fim do dia de hoje

E esteja bem perto a nossa partida.


Dizemos "até amanhã"

Como se tivéssemos uma bola de cristal

E realmente soubéssemos

O que irá acontecer,

Mas a verdade é que nada

É garantido

E só nos resta viver cada dia

Como se fosse o último.

E um dia iremos acertar,

Mas ao menos partimos sabendo

Que demos o que tinhamos a dar.


Mostrar, dar, e receber amor

Nunca é demais,

Mas uns dão tanto

E outros tão pouco…

(Talvez por não sermos iguais).


Talvez eu esteja a falar em vão,

E ninguém me vá entender,

Mas um dia que vos levem

O coração,

Vocês vão-me ler e ver

Que não sou assim tão descabida,

Apenas vivo cada dia

Mentalizada que chegará

A hora da minha partida. 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Somos

 Somos de vidro

Apesar de muitos usarem

Uma armadura de aço,

Somos frágeis 

E estremecemos a cada passo.


Somos de luz,

Apesar de muitos se esconderem

Na escuridão,

Somos de carne e osso

E também temos coração.


Somos de mar,

Ele escorre tanto

Na nossa face

Quando algo nos toca,

Somos tocáveis

E vamo-nos abaixo

Quando algo nos provoca. 


Somos bombas-relógio

A contar cada segundo 

Para que possamos rebentar,

Somos rosas

Cheias de espinhos

Para ninguém se aproximar.


Somos um todo,

Apesar de muitos

Quererem agir por conta própria,

Somos um só,

Apesar de todos os fantasmas 

Que possam surgir.


Somos muito,

E ainda mais haverá 

Para se ser.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A ti

 Irrompeste o meu peito

Como uma bala de melatonina

Que me estremeceu

Com o seu impacto

E ali me deixou,

Deitada naquele chão 

Suspensa,

Pela nuvem de emoções 

Que me trouxeste,

Mas pronta a despertar. 


Ao início faltou me o ar,

Como se os meus pulmões 

Tivessem secado ali,

Naquele momento,

Mas dentro de segundos

Voltei a mim,

E comecei a respirar

Embora ofegante pelo choque. 


Fiquei acordada

Mas ainda confusa 

Com tudo o que se estava a passar,

Tiraste-me do meio da escuridão 

E devolveste me a vida

Como a que se dá a uma criança na hora

Dela nascer. 


Naquele dia,

Ali,

No meio dos teus braços quentes,

Renasci

E voltei a viver.


sábado, 1 de janeiro de 2022

 Vagueio despida por

Entre este monte que me afronta,
E deixo que a noite fria
Caia sobre a minha alma.

Preciso de encarar a noite
Tal como ela é,
Fria e lá no fundo por entre os vales
Também doce, a espreitar...
Preciso de sentir o vento
Para sentir que ainda vivo
E que amanhã ainda poderei despertar.

Os cães ladram a quem passa
E não reconhecem,
Tal como a vida faz
A quem não se agita,
A quem vagueia e não age
Para que possam acordar
Do sono monótono
E fazer pelo viver.

Subo até ao cimo da capela
E ali fico,
Desperta mas em silêncio
Para ler o meu ser
Perante uma vila que dorme
Ao ver o sol desvanecer...