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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A ti

 Irrompeste o meu peito

Como uma bala de melatonina

Que me estremeceu

Com o seu impacto

E ali me deixou,

Deitada naquele chão 

Suspensa,

Pela nuvem de emoções 

Que me trouxeste,

Mas pronta a despertar. 


Ao início faltou me o ar,

Como se os meus pulmões 

Tivessem secado ali,

Naquele momento,

Mas dentro de segundos

Voltei a mim,

E comecei a respirar

Embora ofegante pelo choque. 


Fiquei acordada

Mas ainda confusa 

Com tudo o que se estava a passar,

Tiraste-me do meio da escuridão 

E devolveste me a vida

Como a que se dá a uma criança na hora

Dela nascer. 


Naquele dia,

Ali,

No meio dos teus braços quentes,

Renasci

E voltei a viver.


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