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quinta-feira, 7 de julho de 2022

 As noites fazem-se frias,

Mas nunca mais frias

Do que o meu peito

Após a tua partida,

E por mais que dê voltas

Á casa,

Nunca encontro uma saída. 


O teu voo deixou rasto,

E vazio neste espaço 

Onde agora me deito

E pergunto vezes sem conta

Onde tu estás.

Eu pedi, pedi muitas vezes,

(Não te vás!)

Mas tu foste,

A tua hora estava marcada,

Eu é que nunca ligo

Ás horas

E agora fiquei só e desamparada. 


Ainda voltas?

Ainda me vens buscar?

Não sei,

Mas ainda acredito

Que venhas e me leves

Para onde quer que queiras ir,

Só te peço,

Leva-me contigo,

Segura-me,

E não me deixes mais cair. 


Leva-me na tua asa.

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