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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Cravas

 Cravas em mim farpas

Que o tempo lançou

Para ti,

Olhas-me nos olhos

À espera que fique aí,

A ver-te ferir-me

E a assistir na plateia,

Poderia fingir-me

De forte e dizer que isto

Me é indiferente,

Mas a verdade

É que me chateia.


Lanças-me todos os pedregulhos

Que em tempos

Carregas-te no petio,

Eu não sou como tu,

E para ti,

Esse é o meu defeito.


O tempo pouco a pouco

Torna-me imune

À tua maldade,

Não é o que querias

Mas tens que encarar

A realidade.


Sei que te dói

Veres-me firme

Perante o mal que me tentas enviar,

Tenho bons reflexos

E ao fim de tantos anos

Aprendi a desviar-me…


Queres arder?

Arde sozinho!

Não sou inflamável!

Não me consegues destruir!

Não te cansas de tentar,

Mas nunca irás conseguir.


Arde!

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