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sábado, 9 de janeiro de 2021

Estranha forma de amar

 Os teus gritos

Fazem eco na minha alma,

Não aguento ouvir-te

Nem mais um momento.

Vou buscar a minha mala

E sair porta fora

Porque responder-te

É perda de tempo.


Levantas a voz,

Como se quem falasse mais alto

Tivesse razão,

Eu desvio o olhar

Para não causar mais confusão

E saio.

Por aí...

Por qualquer parte.


Agora deves estar bem.

Sempre ficas quando não estou!

Um dia quando olhares

Para o teu ninho

Verás que o teu passarinho voou

Para bem longe,

Muito longe…

Para tão longe quão possas imaginar,

Agora estás sozinho,

Em quem vais descarregar?


Era tanto amor que me tinhas,

Que nas minhas asas

Cravavas espinhos

Para que me doesse

E não conseguisse fugir.

Agora ficas só.

Dói, não dói admitir?


Eram estranhas formas de amar,

Que não consegui mais suportar.

1 comentário:

  1. Discutir nunca foi a solução. Foi sempre parte do problema.
    Com calma tudo se fala e resolve. Gostei muito do poema.

    Cumprimentos

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