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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O corvo negro

Passeio no meio
Da floresta,
Refletindo,
No que nunca refleti.

Passo,
A passo,
Vou vagueando,
Mas num minuto,
Num segundo,
Há algo
Que me faz parar,
É um corvo
De cor negra,
Que por cima de mim,
De atreve
A planar.

Continuo,
O meu passeio matinal,
Pássaro perseguidor,
Que não me larga,
Parecendo
Querer
Fazer-me mal.

Paro,
Excuto,
E olho,
Ele também parou,
No minuto
Em que reajo,
Ave rara
Já levantou voo.

Corvo negro,
Que mal,
Eu te fiz,
Para me perseguires,
E não me deixares
Retomar caminho,
Feliz?

Negro,
Na alma,
E no perturbante
Ser,
Cor de solidão insólita,
Que não me deixa erguer.



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