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domingo, 10 de julho de 2016

Ó pai

Ó pai,
À dias que me escorres
E me foges como a água
Que traça o seu caminho,
Entre os meus dedos,
Ó pai, pai meu!
De todos os meus segredos,
Quatorze são teus,
Ai Deus que faço
Sem meu pai,
Desculpa-me anjo meu,
A Deus sei que por ti
Não posso perguntar,
Pois estão de costas voltadas,
E a ti pai, ó pai!
Não quero ver partir,
Agora peço-te,
Se quiseres choro também,
Tu dizes-me ao coração
Que o faço tão bem,
Dizes-me ainda
Que o meu choro
Tem o dom de ser
A melodia do Adeus,
Ou da chegada,
Ó pai, paizinho!
Olha nos meus olhos,
Desta vez foi da chegada,
Não foi?
Eu bem sei que foi
A do regresso,
Pai, mas ó pai!
Mais uma vez eu te peço,
Não te vás,
Manda de volta
Para o inferno
O Satanás,
Mas permanece,
Ó pai, vá lá,
Vá já chega de brincadeira,
Anda cá!

Ó pai!

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