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sábado, 16 de julho de 2016

Se o vires...

Se o vires
Por aí à minha
Procura,
Não lhe digas
Nada relevante,
Diz-lhe apenas
Que porventura
Parti numa aventura
E o mais provável
É já estar bem distante.

Se o vires
Por aí perdido
Ou abandonado
Diz-lhe
Que não está só
E que eu
Estou com ele
Em todo o lado.

Se o vires
Por aí
Nessas montanhas
Que o céu há-de comer,
Diz-lhe
Que não vale a pena
Chamar por mim,
Pois eu já cheguei
Ao fim,
Não vou mais ouvir
Ou mesmo até pressentir
Cair,
Rocha a rocha,
Até à mais dura
E inconsolável plenitude.

Se o vires
Num estado
Cruel e que doa
Aos olhos de quem observar,
Diz-lhe
Que espere
Por mim,
Afinal vou regressar.

Se o vires
E ele continuar
Só, infeliz e à minha espera
Diz-lhe que estou
A chegar,
E não o quero ver
De rosto fechado,
Quero-o ver sorrir
Com um sorriso
Belo e encantado.

Se o vires agora
Sei que ele vai estar bem,
Eu perdoei-o
Para o nosso bem.

Mas mesmo assim,
Se o vires por ai,
Diz-lhe, que o amo!



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